A glutamina no tratamento oncológico vem sendo objetivo de estudo nos últimos anos. E muitos deles, comprovam diversos benefícios.
A glutamina é um produto químico que seu corpo produz para construir proteínas. Também é encontrado em alimentos como trigo, milho, cevada, amendoim, soja, clara de ovo e leite.
No artigo que compartilho com vocês abaixo, explico de forma mais detalhada o que é este aminoácido, e qual o papel da glutamina no tratamento do câncer, de acordo com estudos científicos. Confira!
O que é a glutamina?
A glutamina é um aminoácido que pode ser absorvido dos alimentos e sintetizado e armazenado, principalmente nos músculos e pulmões.
É o bloco de construção das proteínas e uma importante fonte de combustível celular. Embora abundante no corpo, pacientes com câncer ou aqueles que se recuperam de estados catabólicos, como cirurgia, sepse e exercícios intensos, podem precisar aumentar a ingestão.
A suplementação parenteral em hospitais e as formulações orais estão disponíveis como produtos alimentícios médicos.
A glutamina atua como um suplemento dietético. Sua indicação é para melhorar a construção muscular, cicatrização de feridas e para a saúde intestinal e do sistema imunológico.
Porém, seu uso deve sempre seguir a orientação de um profissional de saúde. Ele, por sua vez, que avaliará riscos e benefícios antes de receitar a glutamina no tratamento oncológico.
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O que dizem os estudos
Em ambientes oncológicos, estudos sugerem que a glutamina ou seus derivados são úteis contra neuropatia periférica, mucosite, e toxicidade gastrointestinal induzida por fluorouracil.
A glutamina intravenosa também reduziu as náuseas, vômitos e diarreia induzidos pela quimioterapia em pacientes com câncer gástrico ou colorretal.
Por sua vez, a nutrição enteral que inclui arginina, glutamina e ácidos graxos ômega-3 pode melhorar a sobrevida a curto prazo no câncer gástrico em estágio IV.
Dados preliminares de um suplemento contendo HMB, L-arginina e glutamina sugerem que pode ajudar a prevenir reações cutâneas mão-pé associadas ao sorafenibe em pacientes com carcinoma hepatocelular avançado.
Além disso, a dieta perioperatória contendo arginina, glutamina e ômega-3 levou à redução da fístula mucocutânea e do tempo de internação em pacientes submetidos a cirurgia de câncer de cabeça e pescoço com contaminação limpa.
Outros estudos sugerem que a glutamina pode reduzir a morbidade por radiação em pacientes com câncer de mama. Também nos casos de mucosite e disfagia induzidas pelo tratamento em pacientes com carcinoma de orofaringe e laringe.
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Siga a orientação médica
Apesar dos importantes estudos sobre o uso da glutamina no tratamento oncológico, a escolha pelo componente deve ser feita pelo oncologista.
Além disso, não confunda glutamina com outro produto químico conhecido como glutamato, que é importante para o funcionamento normal do cérebro. Tomar muito glutamato pode causar convulsões e matar células cerebrais.
Por fim, espero que o papel da glutamina no tratamento oncológico seja útil para você, e antes do uso, discuta os riscos e benefícios com seu médico. E para mais dicas e informações como esta, siga minhas redes sociais. Estou no Instagram e Youtube.